Core Web Vitals: como a experiência do usuário impacta o SEO e a performance do seu site
- Equipe de conteúdo do Curto!
- 25 de jul.
- 5 min de leitura
A experiência do usuário nunca foi tão decisiva para o sucesso digital de uma marca. Com as atualizações contínuas do Google e o avanço das expectativas dos consumidores, métricas como velocidade de carregamento, estabilidade visual e responsividade deixaram de ser apenas “detalhes técnicos” — tornaram-se critérios centrais de ranqueamento e conversão. Neste artigo, vamos explorar como os Core Web Vitals transformaram o jogo do SEO e por que ignorá-los é um risco estratégico para qualquer negócio.

O que são os Core Web Vitals?
Os Core Web Vitals são um conjunto de três métricas definidas pelo Google para medir a experiência real do usuário ao interagir com uma página. Elas foram oficializadas como fator de ranqueamento a partir de junho de 2021 com a atualização “Page Experience” do algoritmo. Entenda cada uma delas:
LCP (Largest Contentful Paint): mede o tempo de carregamento do maior elemento visível da página (imagem, bloco de texto, etc). O ideal é que o LCP ocorra em até 2,5 segundos após o início do carregamento da página.
FID (First Input Delay): avalia o tempo entre a primeira interação do usuário (como um clique) e a resposta efetiva do site. O recomendado é que esse tempo seja inferior a 100 milissegundos.
CLS (Cumulative Layout Shift): analisa a estabilidade visual da página, ou seja, o quanto os elementos “saltam” enquanto ela carrega. O valor ideal é menor que 0.1.
Essas métricas não apenas influenciam o SEO, mas também impactam diretamente a retenção, o engajamento e a conversão dos visitantes.
Por que a experiência do usuário virou prioridade para o Google?
O Google tem como missão “organizar as informações do mundo e torná-las universalmente acessíveis e úteis”. Para isso, ele precisa garantir que os resultados exibidos não apenas sejam relevantes, mas também ofereçam uma experiência fluida e segura. A introdução dos Core Web Vitals é um reflexo desse compromisso.
Com mais de 90% de market share nas buscas globais, o Google sabe que entregar más experiências compromete sua própria autoridade. Sites que carregam lentamente, apresentam conteúdo instável ou dificultam a interação frustram o usuário e aumentam a taxa de rejeição — algo que o algoritmo detecta rapidamente.
Como os Core Web Vitals afetam o ranqueamento?
Desde 2021, os Core Web Vitals se somaram aos critérios tradicionais de SEO, como conteúdo, backlinks e palavras-chave. Embora não substituam esses fatores, eles ganharam peso significativo no ranqueamento de páginas, principalmente quando sites concorrentes estão tecnicamente empatados em outros aspectos.
Além disso, eles têm influência direta sobre a Taxa de Clique (CTR) e a Taxa de Conversão (CVR). Um site que carrega mais rápido e se comporta de forma previsível retém mais visitantes e converte mais leads em clientes.
Como medir e melhorar os Core Web Vitals do seu site
O Google oferece diversas ferramentas gratuitas para mensurar os Core Web Vitals. As mais utilizadas são:
PageSpeed Insights: mostra as métricas de Core Web Vitals com diagnósticos detalhados e sugestões de melhoria.
Google Search Console: na aba “Sinais da Web Essenciais”, apresenta relatórios reais de usuários (dados de campo) e alerta sobre páginas com desempenho abaixo do ideal.
Lighthouse: integrado ao Chrome DevTools, permite testes técnicos completos de performance, acessibilidade, SEO e boas práticas.
Dicas práticas de otimização:
Melhore o tempo de LCP:
Comprima e otimize imagens.
Use formatos modernos como WebP.
Aplique lazy loading para imagens abaixo da dobra.
Priorize o carregamento dos elementos principais.
Reduza o FID:
Minimize o uso de scripts de terceiros pesados.
Divida o código JavaScript em partes menores (code-splitting).
Remova funcionalidades desnecessárias.
Ajuste o CLS:
Defina dimensões fixas para imagens e vídeos.
Evite inserir novos elementos no DOM de forma inesperada.
Use fontes com fallback para reduzir o tempo de renderização.
Impacto por setor: por que sua área não pode ignorar os Core Web Vitals
E-commerce: Um LCP ruim pode significar abandono de carrinho. Segundo a Google, cada segundo extra no carregamento reduz em até 20% a conversão.
Educação e SaaS: O FID é crucial para plataformas interativas — tempo de resposta lento significa perda de engajamento.
Notícias e conteúdo: O CLS afeta diretamente a leitura fluida e a credibilidade editorial.
Exemplos e benchmarks de mercado
Um estudo da Backlinko mostrou que os 10 primeiros resultados do Google têm um tempo médio de carregamento inferior a 1.65 segundos. Já a Think with Google afirma que 53% dos usuários mobile abandonam um site que demora mais de 3 segundos para carregar.
Case prático: A Forbes, ao aplicar melhorias baseadas nos Core Web Vitals, reduziu o tempo de carregamento em 43% e aumentou em 28% o tempo médio de permanência na página.
O que os dados de mercado mostram: estudos da Ahrefs e SiteCare
1. Comparativo por dispositivo: mobile x desktop
Gráficos dos estudos da Ahrefs e SiteCare mostram com clareza que a performance nos dispositivos móveis ainda é, em média, inferior à do desktop. Isso evidencia que muitas marcas não otimizam adequadamente para o contexto mobile — o que é um erro grave, dado que mais de 60% das buscas no Google vêm de smartphones.

Gráfico 1: desempenho de LCP, FID e CLS em desktop e mobile (fonte: Ahrefs, SiteCare)
2. Evolução das métricas ao longo do tempo
Um segundo gráfico, extraído do mesmo estudo da Ahrefs, mostra o crescimento contínuo de páginas que atingem níveis "bons" nas métricas. Isso demonstra que, embora o desafio técnico exista, as soluções estão evoluindo — e quem investe em melhorias colhe resultados.

Gráfico 2: percentual de páginas com Core Web Vitals "bons" entre 2021 e 2024
3. Impacto da qualidade da conexão (ex: 3G)
Outro ponto essencial é a conexão de internet do usuário. Dados do estudo revelam que conexões mais lentas, como 3G, dificultam a aprovação nas métricas — especialmente LCP. Isso reforça a importância de otimizar a performance para todos os públicos, e não apenas os com acesso rápido.

Gráfico 3: desempenho por tipo de conexão (3G, 4G, Wi-Fi)
Case ilustrativo: impacto das otimizações
Ao aplicar melhorias técnicas que visam reduzir o LCP, FID ou CLS, muitos sites observam saltos expressivos na experiência do usuário. Dados reais da base do Ahrefs mostram crescimento sustentável na porcentagem de sites com métricas "Good" ao longo dos últimos anos (ver gráfico 2), enquanto a divisão por tipo de dispositivo permite comparar resultados entre mobile e desktop (ver gráfico 1).
Mesmo sem dados específicos públicos, estudos de mercado indicam que marcas que reduzem seu tempo de carregamento em até 40% costumam ter:
Aumento médio de 20% no tempo de permanência
Redução de 15% na taxa de rejeição
Ganhos relevantes em SEO e conversão
UX não é um “plus”, é estratégia
Ignorar os Core Web Vitals em 2025 é o mesmo que abrir uma loja sem vitrine, letreiro ou funcionários prontos para atender. A experiência do usuário é, hoje, o novo padrão mínimo esperado. É ela que garante o ranqueamento no Google, a permanência do visitante e, principalmente, a conversão.
Na prática, investir nos Core Web Vitals é investir na performance do seu negócio como um todo. E quanto antes você começar, mais vantagem competitiva sua marca terá.
FAQ – Perguntas frequentes sobre Core Web Vitals
O que são os Core Web Vitals?
São métricas criadas pelo Google para medir a experiência do usuário em um site. Avaliam velocidade de carregamento (LCP), interatividade (FID) e estabilidade visual (CLS).
Como os Core Web Vitals influenciam o SEO?
Sites com boas métricas têm mais chances de ranquear melhor no Google, além de proporcionar maior retenção e conversão de visitantes.
Como saber se meu site está dentro dos padrões ideais?
Use ferramentas como PageSpeed Insights ou o Search Console do Google. Elas apontam os pontos que precisam de otimização.
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