Dia dos Namorados 2025: O Amor Está no Ar (e nos Dados!)
- Equipe de conteúdo do Curto!
- há 4 dias
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O Dia dos Namorados se aproxima e, com ele, a expectativa de celebrações, presentes e, claro, muitas oportunidades para as marcas se conectarem com seus públicos. Mas o cenário amoroso de 2025 revela nuances importantes que vão além do tradicional. Uma pesquisa recente da Globo em parceria com a PiniOn, com mil respondentes, lança luz sobre como os brasileiros estão encarando os relacionamentos e o que esperam desta data tão significativa, considerada a quarta mais importante do calendário comercial, atrás apenas de Dia das Mães, Natal e Dia dos Pais. Para 60% dos entrevistados, sua importância se equipara ao aniversário de namoro ou casamento, mostrando o peso emocional e cultural que carrega.

Mergulhando nos Relacionamentos Atuais: Diversidade e Desafios
Embora 65% dos participantes da pesquisa estejam em algum tipo de relacionamento, a forma como esses laços se configuram é diversa. A maioria se declara em relações heteroafetivas monogâmicas, mas há um crescente reconhecimento de outras formas de amar. Um dado crucial para as marcas é que metade dos entrevistados (50%) gostaria de ver mais diversidade nas campanhas publicitárias da data. Isso sinaliza uma clara demanda por representatividade, um chamado para que a comunicação abrace a pluralidade dos relacionamentos modernos, incluindo casais homoafetivos e arranjos não monogâmicos, que também foram mapeados pela pesquisa.
A Geração Z e o Paradoxo do Amor Conectado
Um dos insights mais intrigantes da pesquisa envolve a Geração Z (18 a 25 anos): apenas 20% deles afirmam estar em um relacionamento. Por quê? As razões apontadas são complexas e refletem o espírito do tempo. O uso intensivo de smartphones e redes sociais, onde a Geração Z brasileira chega a passar até 12 horas diárias segundo dados da Globo, parece gerar um "analfabetismo emocional", dificultando conexões presenciais profundas. Soma-se a isso uma mudança de prioridades: focados em suas trajetórias pessoais, estabilidade financeira e ativismo diante de um cenário global instável, muitos jovens veem os relacionamentos como uma distração potencial. Como observou a socióloga Lisa Wade à BBC, "os jovens diriam que os relacionamentos os distraem dos seus objetivos educacionais e profissionais". Essa tendência, que leva a menos casamentos e a uma queda na natalidade, impacta diretamente o consumo em datas como o Dia dos Namorados.

Aplicativos de Namoro: Facilitadores ou Complicadores?
Não é apenas a Geração Z que enfrenta novos desafios no campo amoroso. Os aplicativos de namoro, onipresentes e com mais de 30 opções disponíveis no Brasil, transformaram a forma como as pessoas se conhecem, especialmente casais heterossexuais. No entanto, especialistas como a psicóloga Monica O’Neal, em entrevista à CNN, alertam para a superficialidade que podem fomentar. A cultura do "deslize", o paradoxo da escolha infinita e o foco em conexões casuais podem, paradoxalmente, dificultar o investimento em relacionamentos sérios e duradouros. Apesar disso, é inegável que esses apps também criaram espaços mais seguros para a exploração da sexualidade e conexão, especialmente para grupos historicamente marginalizados.

O Que Esperar do Consumo em 2025?
Apesar das mudanças comportamentais, a intenção de comemorar o Dia dos Namorados permanece forte, com indicativos de aumento no ticket médio de gastos. O Pix se consolida como o método de pagamento preferido, e as viagens despontam como um desejo de consumo para a data. Para as marcas, o desafio é duplo: entender e dialogar com essa complexidade emocional e comportamental, criando campanhas que sejam não apenas atraentes, mas também inclusivas, inovadoras e que transmitam valores claros. A chave está em personalizar a abordagem e reconhecer que o amor, em 2025, se manifesta de múltiplas formas.

Referências:
•Pesquisa Dia dos Namorados 2025 – Globo & PiniOn. Disponível em: https://gente.globo.com/dia-dos-namorados-2025-pesquisa-dados-insights/
•Fontes adicionais citadas no estudo: Veja, Pesquisa Globo “O brasileiro ama as redes sociais”, Datafolha, Relatório Covitel 2023, BBC, CNN.