As 100 Marcas Mais Valiosas do Mundo em 2025: Segundo o Relatório Kantar BrandZ

O ranking da Kantar BrandZ de 2025 acaba de ser divulgado. E mais do que uma lista, ele funciona como um termômetro global da transformação de valor, percepção e inovação. Em um mundo que caminha em ritmo acelerado, as marcas que se destacam são aquelas que compreendem que valor não se limita a capital de mercado — é conexão, é relevância, é presença cultural.

Pelo quarto ano consecutivo, Apple reina absoluta no topo, agora com impressionantes US$ 1,3 trilhão em valor de marca. Muito além de vender tecnologia, a Apple vende status, fluidez, ecossistema, e continua sendo o padrão ouro do branding contemporâneo.

Logo atrás, Google e Microsoft seguem firmes no pódio, mostrando como a tríade tecnologia + dados + inteligência artificial domina o imaginário e os investimentos globais. A presença da Amazon (4º) e da NVIDIA (5º) fecha o top 5 com um recado claro: quem entrega infraestrutura para o mundo digitalizado está colhendo os frutos dessa revolução.

As 100 marcas mais valiosas do mundo em 2025

A explosão da IA e a estreia da ChatGPT

Entre os movimentos mais simbólicos deste ano, está a entrada da ChatGPT na 60ª posição, avaliada em US$ 43,5 bilhões. Pode parecer pouco frente às gigantes, mas é um feito histórico para uma marca com menos de três anos de vida. Mais do que uma ferramenta, a ChatGPT se tornou uma plataforma, uma referência de produtividade, educação e criatividade. Estamos falando de uma IA que, em muitos escritórios (inclusive o nosso), já se tornou indispensável.

Essa ascensão meteórica é reflexo de uma mudança de era. Não estamos mais discutindo se a inteligência artificial fará parte da nossa rotina. Ela já está moldando novos mercados, novas formas de trabalho, novos hábitos de consumo e, claro, novas narrativas de marca.

As marcas mais “culturais” que tecnológicas

Além da corrida tecnológica, o ranking também mostra a força de marcas com DNA cultural sólido. A Louis Vuitton (17º), Hermès (18º) e Chanel (42º) seguem mostrando que luxo é sobre tempo, legado e consistência. A Nike (51º), por sua vez, mesmo longe do topo, permanece como ícone global de cultura urbana e esporte.

E sim, o McDonald’s (8º) não sai dos holofotes — não só pela sua capacidade de escala, mas por estar sempre reinventando sua conversa com o consumidor, adaptando-se a diferentes culturas e gerações.

O retorno das marcas asiáticas (e a queda das automotivas)

Um dado que salta aos olhos em 2025 é o recuo de diversas montadoras. Marcas como Mercedes-Benz, Toyota, BMW e Xiaomi aparecem abaixo da 80ª posição, sinalizando que o setor automotivo, apesar da inovação elétrica, enfrenta desafios na construção de desejo diante de outras prioridades culturais e ambientais.

Em contrapartida, marcas asiáticas de tecnologia e telecom (como Huawei, Alibaba, Tencent e Samsung) seguem firmes, apontando um reequilíbrio de forças globais e uma aposta do consumidor em marcas que oferecem soluções rápidas, acessíveis e conectadas.

O que esse ranking nos ensina?

Se em 2024 o discurso era sobre adaptação, em 2025 é sobre protagonismo. Marcas valiosas hoje não apenas se adaptam: elas criam o jogo. Lideram categorias, desafiam padrões, antecipam comportamentos.

E mais importante: constroem valor não apenas com investimento publicitário, mas com clareza de propósito, excelência de produto, inovação real e — por que não? — com coragem criativa.

Na Amper, esse ranking serve como bússola e também como espelho. Estamos sempre provocando nossos clientes a pensar além do ROI imediato. Uma marca verdadeiramente valiosa é aquela que permanece quando a campanha acaba, quando o algoritmo muda, quando o mercado vira.

Como criativos, estrategistas e marqueteiros, nosso papel é cultivar essa visão de longo prazo. Porque no fim das contas, não basta estar no topo. É preciso fazer sentido todos os dias.