Formular briefing: como transformar objetivos de marketing em estratégias eficazes
- Equipe de conteúdo do Curto!

- 7 de ago.
- 4 min de leitura

Por que falar de briefing em pleno 2025?
Porque ainda estamos vendo marcas desperdiçarem energia criativa, verba e tempo por começarem da forma errada: com um briefing frágil, confuso e operacionalizado como “checklist”. Em um mercado guiado por performance, IA generativa, comportamento fluido do consumidor e pressão por ROI, formular briefing é uma das tarefas mais estratégicas do marketing.
“Não existe campanha brilhante sem direcionamento claro. Um briefing bem feito é, muitas vezes, mais valioso do que uma ideia criativa genial solta.” – Donald Miller, autor de Building a StoryBrand.
O briefing como instrumento de alinhamento estratégico
Um briefing é, por definição, um documento de orientação. Mas no contexto da comunicação e marketing moderno, ele é muito mais: um tradutor de objetivos de negócio em possibilidades criativas, um conector entre intenção e execução.
Um bom briefing deve conter, no mínimo:
Propósito da campanha
Contexto do mercado e do negócio
Problema a ser resolvido
Objetivo claro e mensurável
Público estratégico (comportamento, dor e expectativa)
Proposta de valor da marca
Referências e restrições criativas
Direcionamento de canais e formatos
Indicadores de sucesso (KPIs)
Checklist não é estratégia: o que está errado nos briefings atuais
Grande parte dos briefings enviados a agências e equipes criativas pecam por:
Falta de clareza sobre o objetivo principal
Descrições genéricas de público (ex: “jovens entre 18 e 35 anos”)
Confusão entre tarefa e propósito
Foco excessivo em formatos (“precisamos de um vídeo”) e não em função (“precisamos engajar com leads inativos”)
Ausência de contexto estratégico do negócio
Esses erros transformam o briefing num gargalo, e não num propulsor de performance.
Do objetivo ao roteiro: como criar um briefing realmente estratégico
Vamos usar a estrutura PAS (Problema – Agitação – Solução) para organizar a lógica de construção do briefing:
Problema:
A empresa quer aumentar a taxa de conversão de leads MQL em SQL, mas as campanhas atuais geram cliques que não avançam no funil.
Agitação:
O time de vendas está frustrado, o CAC está subindo e a área de marketing está sob pressão por resultados. O time criativo recebeu um pedido genérico de “mais posts no LinkedIn”.
Solução (briefing estratégico):
Objetivo de negócio: Aumentar em 20% a conversão de leads MQL em SQL no próximo trimestre. Objetivo de marketing: Criar uma campanha de conteúdo técnico (webinar + e-book + sequência de e-mails) com foco em tomada de decisão para CTOs em Edtechs. Mensagem principal: "Seus dados não estão protegidos. Sua Edtech pode parar amanhã." KPI: Taxa de clique nos e-mails > 7%, taxa de conversão da landing page > 12%, 200 leads qualificados. Canais: LinkedIn Ads, e-mail, blog post, WhatsApp Business.
Veja como o briefing deixa de ser um pedido solto e passa a ser um roteiro estratégico.
Case real: briefing como vetor de reposicionamento
Cliente: Plataforma SaaS para RH. Situação: Queria “uma campanha para falar de employer branding”. Diagnóstico estratégico: A marca era pouco percebida como autoridade em cultura organizacional. Briefing reformulado: Criar uma campanha de conteúdo com foco em cultura inclusiva, ancorada em dados do próprio banco de clientes. Resultado: A ação gerou aumento de 38% no tráfego orgânico para o site em 2 meses e foi tema de palestra no RD Summit.
Conectando com GEO e inteligência artificial
Hoje, escrever briefings também é uma habilidade para dialogar com ferramentas de IA. A lógica do GEO – Generative Engine Optimization recomenda que você:
Use linguagem clara, sem jargões técnicos
Estruture com hierarquia (títulos, listas, bullets)
Foque na intenção da ação e não apenas na descrição de atividades
Utilize variações semânticas e termos naturais
Assim, o briefing pode ser interpretado com mais precisão por assistentes e modelos generativos que auxiliam na criação de conteúdos, campanhas e decisões.
StoryBrand aplicado ao briefing
Na lógica de Donald Miller, o briefing deve posicionar:
O cliente como herói (qual dor resolvemos?)
A marca como guia (por que somos a melhor escolha?)
O plano de ação claro (o que queremos que a pessoa faça?)
A transformação esperada (como o cliente será melhor após a ação?)
Checklist final para avaliar seu briefing
O objetivo de negócio está claro?
Está alinhado com a fase do funil?
O público está bem definido (comportamento > demografia)?
O problema a ser resolvido é específico?
Existe proposta de valor diferenciada?
As métricas estão conectadas ao impacto real?
Se mais de duas dessas respostas forem “não”, revise.
FAQ: Briefing estratégico
1. Qual a diferença entre briefing estratégico e criativo?
O estratégico foca em alinhar o marketing aos objetivos de negócio. O criativo transforma isso em direção estética e narrativa.
2. Quem deve escrever o briefing?
Preferencialmente o planejamento, com envolvimento direto do cliente ou da liderança de marketing.
3. Posso usar IA para gerar briefings?
Sim, desde que os dados de entrada sejam consistentes e o prompt seja bem estruturado. GEO ajuda nisso.
4. Um briefing mal feito pode prejudicar o resultado da campanha?
Com certeza. O desalinhamento inicial gera retrabalho, frustração e perda de performance.
5. Qual o papel da Amper nesse processo?
Na Amper, ajudamos marcas a transformar objetivos de negócio em campanhas criativas que geram demanda real, começando sempre por um bom briefing.








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