Como Criar Comunidade de Marca: 5 Cases Que Mostram o Poder do Community Marketing
- Equipe de conteúdo do Curto!
- há 6 minutos
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Você já notou como algumas marcas conseguem reunir verdadeiros exércitos de fãs? Não estamos falando apenas de seguidores ou clientes fiéis, mas de comunidades ativas, apaixonadas, que promovem, defendem e até co-criam com essas empresas.
O nome disso é community building — e não se trata de tendência passageira. Em um mundo onde a diferenciação é cada vez mais difícil, criar uma comunidade em torno da sua marca pode ser o ativo mais poderoso do seu branding e da sua estratégia de marketing.
Neste artigo, vamos apresentar 5 cases inspiradores de marcas que construíram comunidades fortes, mostrar como fizeram isso e, mais importante: como você pode aplicar os mesmos princípios no seu negócio.

O que é uma comunidade de marca?
Uma comunidade de marca é um grupo de pessoas conectadas não apenas por um produto ou serviço, mas por um propósito, valores e identidade compartilhada com a marca.
Segundo o Content Marketing Institute, marcas com comunidades ativas têm maior lealdade, CAC reduzido e LTV ampliado. Não por acaso, empresas como Red Bull, Harley-Davidson e Nubank investem pesado em community marketing como diferencial competitivo.
“As pessoas não compram o que você faz. Elas compram o porquê você faz.”— Simon Sinek
Por que o community building importa mais do que nunca?
Consumidores estão mais céticos e seletivos.
A atenção é um ativo escasso.
A confiança migrou da publicidade para o social proof.
Marcas humanas e autênticas engajam mais.
Em outras palavras: as pessoas querem pertencer antes de consumir.
5 cases de marcas que construíram comunidades poderosas
1. Harley-Davidson: o arquétipo do fora-da-lei que virou tribo global
A Harley não vende apenas motocicletas. Ela vende liberdade, rebeldia e identidade. Desde os anos 1980, quando quase faliu, a marca decidiu investir nos seus consumidores mais fiéis — fundando o Harley Owners Group (H.O.G.), que hoje reúne mais de 1 milhão de membros em mais de 100 países.

Como criaram a comunidade:
Incentivo a clubes locais e encontros presenciais.
Merchandising exclusivo para membros.
Eventos que reforçam a cultura da marca.
Lição: Empodere os seus clientes mais apaixonados e dê a eles um espaço de pertencimento.
2. Red Bull: muito além de uma bebida energética
A Red Bull criou um ecossistema de conteúdo, eventos e experiências que transformaram a marca em um símbolo de adrenalina e performance. Sua comunidade é formada por fãs de esportes radicais, atletas e produtores de conteúdo.


Como criaram a comunidade:
Patrocínio de atletas e eventos como o Red Bull Rampage.
Produção de conteúdo audiovisual com alto valor de entretenimento.
Presença orgânica em subculturas de aventura e esporte.
Lição: Construa narrativas que as pessoas queiram viver e compartilhar.

3. Gymshark: a marca fitness feita por creators
Criada em 2012 por um jovem de 19 anos, a Gymshark virou um case global ao criar uma comunidade de fitness lovers e microinfluenciadores que se sentem parte do crescimento da marca.
Como criaram a comunidade:
Programa de embaixadores (Gymshark Athletes).
Eventos presenciais com influenciadores e fãs.
Conteúdo aspiracional no Instagram e YouTube.

Lição: Valorize seus microinfluenciadores e trate-os como parte da construção da marca.
4. Nubank: a fintech que virou fandom
O Nubank usou o design, a linguagem acessível e o atendimento humanizado para criar uma comunidade de clientes que amam a marca a ponto de defendê-la em redes sociais.

Como criaram a comunidade:
Humanização da comunicação.
Foco em experiência e escuta ativa.
Programa de embaixadores (NuCommunity).
Lição: A experiência é o novo marketing — e a escuta ativa, a nova publicidade.
5. Amaro: comunidade como extensão do branding
A Amaro apostou no digital desde o início e usa sua comunidade para co-criar produtos, validar ideias e gerar conteúdo com autenticidade.
Como criaram a comunidade:
Engajamento com clientes em pesquisas e testes de produto.
Conteúdo colaborativo com creators e consumidores.
Eventos e lives para gerar conexão emocional.
Lição: Quando você envolve sua audiência na criação, ela passa a defender a marca com paixão.

Como aplicar o community building na sua marca
Criar uma comunidade não é um checklist, é uma construção contínua. Aqui vão algumas diretrizes para começar:
1. Tenha um propósito claro
Marcas com propósito inspiram conexão emocional. Defina sua causa além do produto.
2. Escute ativamente
Use redes sociais, NPS, fóruns e comunidades para entender o que seu público valoriza.
3. Crie espaços de pertencimento
Grupos no WhatsApp, Discord, Slack ou fóruns próprios. O canal importa menos que a conexão.
4. Envolva seus fãs nas decisões
Peça feedback, promova concursos, abra bastidores. Quanto mais transparência, maior o engajamento.
5. Comunique-se como uma pessoa, não como uma marca
A voz da marca deve refletir empatia, autenticidade e proximidade.
Community marketing não é uma moda, é uma resposta natural à era da hiperconexão e da escassez de confiança.
Marcas que constroem comunidade colhem frutos profundos: engajamento orgânico, defesa espontânea e lealdade de longo prazo.
Se você quer transformar seus clientes em embaixadores, sua marca precisa oferecer mais do que produtos. Precisa oferecer pertencimento.
FAQ – Perguntas frequentes sobre community building
1. Toda marca pode criar uma comunidade?
Sim, mas é preciso ter propósito, paciência e autenticidade. Sem isso, vira só “mais uma campanha”.
2. Quanto tempo leva para uma comunidade se consolidar?
Depende do segmento, mas geralmente leva de 6 meses a 2 anos para ganhar tração consistente.
3. Posso começar com uma comunidade pequena?
Deve. Comece com os clientes mais engajados e cresça de forma orgânica.
4. Quais canais usar para construir comunidade?
Instagram, WhatsApp, Telegram, Slack, Discord, fóruns próprios… O canal ideal é onde seu público já está.
5. Como medir o sucesso de uma comunidade?
Engajamento, NPS, crescimento orgânico, número de contribuições e menções espontâneas à marca.
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