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Tendências de consumo digital em 2026 segundo a WGSN

Em 2026, o digital não vai apenas continuar sendo canal — ele será ainda mais parte do tecido das vidas das pessoas. A WGSN, no seu relatório Consumidor do Futuro 2026, identifica perfis, sentimentos e comportamentos emergentes que exigem atenção estratégica de marcas que desejam manter relevância, conexão e autoridade. Aqui vão insights profundos e aplicações práticas.



Jovem sentada em floresta ao anoitecer, observando com binóculo diante de barraca iluminada por luzes rosa e azul.

O que dizem os estudos da WGSN



A partir da série Future Consumer 2026, que abrange elementos como sociedade, tecnologia, meio ambiente, política, indústria e criatividade (metodologia STEPIC), a WGSN mapeou: WGSN


  • Perfis de consumidor emergentes: os chamados Esperançosos, Autônomos, Imparciais e Sinérgicos. E-Commerce Brasil

  • Sentimentos que moldam expectativas: ansiedade moral, otimismo racional, anseio, microalegrias. E-Commerce Brasil


  • Ressignificação dos marcos de vida, celebrações alternativas e ciclos de vendas tradicionais sendo repensados. WGSN



Perfis de consumidores para 2026 e o que eles significam para o digital

Perfil

Características principais

Implicações para a experiência digital / produto / marketing

Esperançosos

Valorizam pequenas conquistas, alegria cotidiana, simplicidade significativa. Desconfiam de expectativas sociais rígidas. Buscam connection pessoal, cuidado e significado. E-Commerce Brasil

Produtos/serviços que celebrem microvitórias (gamificação, badges, reconhecimento). Conteúdo que inspire, que seja otimista. Plataformas digitais que facilitem encontros afetivos, comunidades online. UX voltada para simplicidade, clareza e aconchego.

Autônomos

Independência, personalização, rejeição de normas prescritivas. Valorizam escolhas próprias e autenticidade. E-Commerce Brasil

Oferecer customização profunda (produtos, experiências digitais). Ferramentas que permitam o consumidor “criar sua jornada”. Menos mensagens de massa, mais discursos que dialoguem com valores individuais. Privacy & transparência também são cruciais.

Imparciais

Foco emveracidade, transparência, fatos. Ceticismo em relação à desinformação. Demanda por clareza e credibilidade. E-Commerce Brasil

Certificações, selos, prova social, política clara de dados. Conteúdos educativos, relatórios, fontes confiáveis. Plataformas digitais que garantam segurança. Marketing de conteúdo e comunicação que priorizem honestidade.

Sinérgicos

Orientados a tecnologia e valores coletivos. Querem que a tecnologia beneficie sociedade e meio ambiente. Incluem inovações, contraculturas, sinergia entre humano e digital. E-Commerce Brasil

Investir em soluções tecnológicas sustentáveis; promover iniciativas sociais via digital; desenvolver produtos com impacto ambiental ou social. Usar realidades imersivas, integrações tecnológicas que tragam significado, consciência.



Sentimentos que vão direcionar o consumo digital em 2026


  • Ansiedade moral: consumidores vão sentir tensão quando percebem que seus valores (ambientais, sociais) são contrariados por marcas. Isso exige coerência nas ações, transparência, e comunicação ética. E-Commerce Brasil

  • Otimismo racional: não cegueira positiva, mas um ajuste - busca por esperança baseada em evidências concretas, ações reais. Marcas que promoverem otimismo com substância terão vantagem. E-Commerce Brasil


  • Anseio: relembrar, resgatar, confortar. Nostalgia + conexão humana; valorização do passado, mas com uma lente de conforto e segurança. E-Commerce Brasil


  • Microalegrias: pequenos momentos de bem-estar digital: interações leves, gamificação, pausas, rituais digitais que aliviem a sobrecarga. E-Commerce Brasil


Tendências práticas de consumo digital em 2026


A partir desses perfis e sentimentos, identificam-se algumas tendências aplicáveis ao digital que deverão ganhar força:


  1. Calendários de marketing reimaginados

    Marcas reorganizarão campanhas sazonais baseadas não em feriados tradicionais, mas em marcos pessoais, microcelebrações e eventos simbólicos que façam sentido para seus públicos (ex: celebrações de conquistas simples, jornadas pessoais). WGSN

  2. Experiências digitais que emocionem

    Conteúdos imersivos, interativos, realidade aumentada ou virtual, storytelling envolvente, experiências que despertem encantamento. Quem conseguir criar momentos de encantamento ganha engajamento duradouro.


  3. Comunidades digitais com propósito

    Espaços online que não sejam só para transações, mas para diálogo, expressão de valores, suporte mútuo. Fóruns, grupos, plataformas que conectam pessoas com interesses/valores compartilhados.


  4. Customização & produtos sob demanda

    Desde design personalizado até jornadas de compra adaptadas — consumidores Autônomos esperam isso. Isso pode incluir recomendações avançadas, produtos modulares, co-criação.

  5. Tecnologia ética e transparência

    Políticas de uso de dados, privacidade, clareza nos ingredientes ou cadeia de produção, uso de selos de autenticidade. Para Imparciais e Sinérgicos, esses elementos serão decisivos para confiança e fidelidade.

  6. Sustentabilidade e propósito incorporados

    Não como adição de imagem, mas como elemento central da proposta de valor. Seja no produto, na embalagem, nos processos, ou no digital (ex: economia de energia, servidores verdes, cadeias logísticas mais limpas).

  7. Microalegrias digitais

    Ferramentas ou funcionalidades que proporcionem prazer momentâneo: notificações que celebrem pequenas vitórias, desafios simples, interações leves, pause moments, UX que diminua estresse.

  8. Conteúdo educativo-autênticoMaior demanda por conteúdo baseado em fatos, com fontes confiáveis, transparência sobre sustentação e contexto. Também formatos que ensinem, empoderem, ajudem decisões mais conscientes.



Implicações e recomendações estratégicas para marcas


Para marcas que querem se antecipar e ajustar sua atuação no digital, aqui vão algumas recomendações práticas:


  • Mapear quais perfis fazem parte do seu público-alvo: nem toda empresa precisará falar para todos, mas entender se seu consumidor é mais Esperançoso, Autônomo, Imparcial ou Sinérgico ajuda a ajustar mensagem, canal, produto.


  • Rever jornadas de compra e pontos de contato digitais pensando em emoção, autenticidade e propósito desde o primeiro clique até o pós-venda.


  • Investir em tecnologias que permitam personalização escalável: uso de inteligência artificial, machine learning, sistemas modulares para produtos ou serviços, customização no momento.


  • Comunicar-se com transparência e ética: política de privacidade clara, práticas sustentáveis demonstráveis, alinhamento de discurso e prática.


  • Criar micro-experiências e celebrações: campanhas que reconheçam pequenas vitórias do dia a dia, conteúdos que celebrem momentos simbólicos, programas de fidelidade baseados em significado mais do que em desconto.


  • Usar narrativas emocionais, mas reais: storytelling com propósito, que inspire, que mostre transformação, em vez de puro apelo aspiracional.


  • Acompanhar métricas além do conversão: medir engajamento emocional, confiança, retenção, sentimentos de pertencimento e percepção de transparência.


Exemplos práticos (cases inspiradores)


  • Uma marca de beleza que lança uma série de filtros de realidade aumentada para que clientes “celebram” pequenas conquistas (autoestima, autocuidado diário).


  • Plataforma de e‑commerce que permite customização e assinatura de produtos sustentáveis, entregues em embalagens recicláveis, com rastreabilidade visível.


  • Aplicativo de bem-estar que envia notificações de microalegrias: “bom trabalho”, “você já fez algo bom hoje”, ou recompensas simbólicas por pausas (meditação, caminhada).


  • Campanhas digitais que abolam estereótipos de idade, gênero, estilo de relacionamento — e que celebrem marcos alternativos (uma amizade, um pet, um projeto pessoal) em vez dos marcos tradicionais.



Desafios e o que evitar


  • Não basta adotar uma “mascará” de propósito. Se práticas de sustentabilidade ou transparência forem só discurso, isso pode gerar desconfiança grave.


  • Cuidado com prometer personalização e depois entregar experiências genéricas — isso pode causar efeito inverso.


  • Excesso de estímulos: microalegrias demandam equilíbrio — ultrapassar pode gerar sensação de “forçado” ou superficial.


  • Privacidade é uma linha tênue: uso de dados para personalização precisa vir acompanhado de consentimento claro, segurança e opções de controle para o usuário.



Conclusão


2026 será um ano de redirecionamento: de redefinir o que significa valor, de substituir marcos antigos por pequenas conquistas, de construir relações mais genuínas entre marcas e consumidores. O digital será o palco onde se testam emoções, valores e propósitos mais do que apenas funcionalidades.


Marcas que entenderem esses quatro perfis, escutarem os sentimentos emergentes e converterem isso em ações práticas terão vantagem competitiva. Engajar emocionalmente, ser transparente, e gerar propósito — esses são os eixos que vão diferenciar os vencedores no consumo digital do futuro.



FAQ


1. O que significa “ressignificação dos ciclos de vendas tradicionais” para uma marca digital?


É a ideia de que os ciclos de marketing e compras não dependem só de datas fixas (feriados, aniversários de loja etc.), mas de momentos pessoais, microcelebrações e marcos de vida que variam muito entre os públicos. Marcas devem criar campanhas que reconheçam e valorizem essas conquistas menores.



2. Como medir se estou atingindo microalegrias ou otimismo racional nos meus consumidores?


Você pode usar pesquisas de sentimento, métricas de engajamento qualitativo (comentários, reviews, avaliações emocionais), Net Promoter Score adaptado (avaliando além da satisfação, avaliando sensação de conexão e pertencimento), além de testes de UX para verificar respostas emocionais e psicológicas em interações digitais.



3. Como preparar conteúdos que atendam ao perfil dos Imparciais sem perder criatividade?


Combine storytelling com transparência. Apresente dados, provas, processos nas comunicações. Use ou referência fontes confiáveis, mostre bastidores, use selos ou certificações. Mas faça isso de forma criativa: design atrativo, narrativa envolvente, visual e digital interativo.



4. O que as marcas devem priorizar primeiro: personalização ou propósito?


Idealmente ambos. Mas se for escolher uma frente para iniciar, propósitos claros e coerentes tendem a gerar confiança no curto prazo e sustentação de marca. A partir dessa base, investir em personalização — que deve estar alinhada ao propósito — ajuda a tornar a relação com o consumidor mais profunda.



5. Como adaptar essas previsões para o contexto do mercado brasileiro?


O Brasil já tem forças que reforçam muitos desses perfis: valorização de comunidade, busca por significado, importância da estética nas redes sociais, e forte reação ao discurso vazio. Marcas em solo nacional devem considerar particularidades culturais, desigualdade socioeconômica, desafios de infraestrutura digital, mas podem adaptar estratégias globais com linguagem local, parcerias com influenciadores genuínos e ofertas acessíveis.


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