O que aprendi coordenando campanhas para gigantes como Thermo Fisher, Havan e Circuito Sertanejo pela Amper
- Ricardo Migliani
- 15 de abr.
- 13 min de leitura
Campanhas publicitárias bem-sucedidas são como bons filmes: todo mundo lembra dos momentos mais marcantes, mas poucos conhecem os bastidores. Ao longo dos últimos anos, tive o privilégio — e a responsabilidade — de coordenar campanhas para marcas como Thermo Fisher, Havan e Circuito Sertanejo, pela agência Amper.ag. Cada projeto foi um mergulho profundo em diferentes universos, com aprendizados que moldaram minha visão de comunicação, estratégia e gestão.
Neste texto, compartilho não só os cases, mas o que de fato aprendi vivendo essas experiências na prática — os desafios, os erros, os acertos e os insights que carrego até hoje.
Contexto Profissional
Sou estrategista de campanhas e planejamento criativo na Amper.ag, uma agência que acredita na combinação entre criatividade, eficiência e entrega rápida. Minha missão vai além de entregar campanhas de impacto: é traduzir objetivos de negócio em ações concretas que engajam, vendem e criam valor de marca.
Como é coordenar campanhas de grandes marcas
O briefing perfeito não existe
Por mais estruturado que seja, o briefing ideal é uma utopia. Grandes marcas envolvem múltiplas áreas, muitas vozes e interesses. Aprendi a abraçar a complexidade e transformar incertezas em oportunidades criativas.
Os bastidores de uma operação 360°
Coordenar uma campanha vai muito além da criação. É alinhar mídia, produção, BI, jurídico e cliente, tudo em tempo real. Timing, sinergia e clareza de comunicação são indispensáveis. A logística de uma campanha nacional exige previsibilidade e margem para o inesperado.
Case 1: Fini Franquias – Estratégia de expansão com marketing multicanal
Desafio: acelerar a expansão em plena pandemia
A Fini, conhecida por suas balas de gelatina, buscava expandir sua rede de franquias no Brasil, enfrentando os desafios impostos pela pandemia. O objetivo era aumentar significativamente o número de unidades, mesmo em um cenário adverso.
Solução: campanha full service com foco em performance
Desenvolvemos uma estratégia de marketing e comunicação abrangente, incluindo:
Campanhas "always on" com Google Ads, Facebook Ads, Instagram Ads e YouTube Ads.
Disparos de e-mail marketing e criação de landing pages otimizadas.
Gestão de redes sociais com conteúdo voltado para investidores.
Criação de dashboards para monitoramento diário dos resultados.
Desenvolvimento de um novo site para a Fini Franquias.
Resultados e aprendizados – Fini Franquias
50 novas franquias abertas em menos de um ano, superando a média anterior de 10 por ano.
Consolidação da presença da marca no mercado de franquias brasileiro.
Aumento da visibilidade e credibilidade junto a investidores.
Aprendizado-chave: Uma estratégia de marketing integrada e orientada por dados pode impulsionar significativamente a expansão de negócios, mesmo em tempos desafiadores.

Case 2: Havan – Do tradicional ao digital sem perder a essência
O desafio da presença omnichannel
A Havan é uma gigante do varejo físico, mas o desafio era ampliar a presença digital mantendo sua identidade carismática. Como transformar o carisma das lojas em conversão online?
Criatividade com ROI real
Criamos campanhas com storytelling leve, com o dono da marca como protagonista, conteúdos nativos para redes sociais, e performance baseada em geolocalização e sazonalidade de produto.
Resultados e aprendizados – Havan
Crescimento de 210% no tráfego qualificado para e-commerce.
Recorde de engajamento no Instagram (CTRs acima de 7%).
Aprendizado-chave: o público responde à autenticidade, especialmente quando ela é coerente em todos os canais.

Case 3: Circuito Sertanejo – Cobertura em tempo real para eventos de grande porte
Desafio: ampliar o alcance e engajamento dos eventos
O Circuito Sertanejo, um dos maiores eventos de música do Brasil, buscava aumentar sua visibilidade e engajamento com o público, tanto presencial quanto online.
Solução: cobertura em tempo real nas redes sociais
Implementamos uma estratégia de cobertura em tempo real, incluindo:
Publicação de Stories e Reels no Instagram com bastidores e trechos dos shows.
Vídeos curtos no TikTok com tendências musicais e desafios de dança.
Postagens interativas com enquetes e perguntas para engajar o público.
Equipe dedicada para garantir uma cobertura eficiente e envolvente.
Resultados e aprendizados – Circuito Sertanejo
1.896.833 pessoas alcançadas no Instagram.
6.330.524 impressões totais no evento de Barretos.
1 milhão de visualizações em um único post no TikTok.
Aprendizado-chave: Uma cobertura em tempo real bem planejada e executada pode ampliar significativamente o alcance e o engajamento de eventos, criando uma experiência imersiva para o público.
Pontos em comum nas três campanhas
Apesar de cada campanha envolver marcas, públicos e objetivos distintos, ao analisá-las em conjunto, três elementos se destacam como cruciais para o sucesso:
1. Gestão de expectativas e alinhamento constante
Uma campanha bem-sucedida não nasce apenas de boas ideias, mas da alinhamento claro entre cliente e agência. Desde o primeiro kickoff até os relatórios finais, mantivemos uma rotina de checkpoints e ajustes finos. A clareza sobre metas, prazos e responsabilidades foi essencial para:
Evitar retrabalhos.
Gerenciar prioridades em tempo real.
Promover decisões mais rápidas e embasadas.
Seja com a Fini, Havan ou o Circuito Sertanejo, alinhar expectativas logo no início definiu o tom da execução e dos resultados.
2. Colaboração multidisciplinar
Nenhuma das campanhas foi feita por uma pessoa só — nem por um time isolado. Cada projeto contou com a atuação integrada de redatores, designers, analistas de mídia, desenvolvedores, especialistas em dados, atendimento e, claro, o cliente. Essa colaboração foi potencializada por três pilares:
Sprint semanal criativo e estratégico: ajudava a manter todos atualizados e alinhados.
Canal de comunicação direto com os clientes (WhatsApp ou Similar): para agilidade na aprovação de peças e ações.
Dashboard personalizado: permitia acesso em tempo real aos resultados das campanhas.
A soma de talentos diferentes, olhando para o mesmo objetivo, fez toda a diferença.
3. Timing é tudo
Timing certo não é sorte, é planejamento. Todas as campanhas foram pensadas com cronogramas realistas e margens de segurança, considerando:
Calendário sazonal (como o Circuito Sertanejo no verão e a campanha da Fini próxima de datas promocionais).
Momentos de alto tráfego digital.
Fases internas de vendas, como no caso da Havan.
Respeitar o timing de cada ação, da pré-produção até a entrega, foi decisivo para captar a atenção do público nos momentos mais estratégicos.
O que deu errado — e o que isso ensinou
Nenhuma campanha é perfeita. Por mais que planejemos cada detalhe, a realidade no campo apresenta variáveis que desafiam qualquer cronograma. Aqui, compartilho algumas situações que saíram do previsto — e as lições que aprendi nelas.
Erro 1: Pressa em aprovar peças de tráfego pago
Na campanha de expansão da Fini Franquias, o ritmo intenso de entrega fez com que algumas peças fossem aprovadas rapidamente, sem o tempo ideal para testes A/B. Isso gerou:
Anúncios com CTR abaixo da média esperada.
Leads menos qualificados nas primeiras semanas.
Lição: Sempre que possível, reserve tempo para testes de criativos e ajustes finos antes de escalar investimento. A validação rápida pode parecer eficiente, mas pode custar mais a longo prazo.
Erro 2: Subestimar o engajamento orgânico
Durante a campanha de incentivo da Havan, a estratégia inicial era fortemente baseada em mídia interna e ações presenciais. No entanto, a equipe de vendas já mantinha grupos altamente ativos no WhatsApp, com grande circulação de conteúdo não oficial.
Resultado: a campanha perdeu uma grande oportunidade de engajamento espontâneo nos primeiros dias.
Lição: Sempre mapeie os canais informais de comunicação já existentes. Eles podem ser aliados poderosos na disseminação da campanha e na construção de senso de comunidade.
Erro 3: Sobrecarga da equipe de cobertura em tempo real
Durante o Circuito Sertanejo, a cobertura digital foi intensa e gerou resultados impressionantes. No entanto, em muitos dos dias de evento, a equipe no local enfrentou problemas de conexão, e o volume de conteúdo a ser produzido ultrapassou a capacidade operacional do time escalado.
Consequência:
Atraso na publicação de conteúdos-chave em horários de pico.
Cansaço extremo dos profissionais envolvidos.
Lição: Planeje a cobertura em tempo real como se fosse um evento à parte — com escalas claras, plano B de conectividade e uma margem de descanso para a equipe.
Esses momentos de falha foram, na prática, grandes aceleradores de aprendizado. Eles nos mostraram que resiliência, flexibilidade e humildade para corrigir o curso são qualidades tão importantes quanto criatividade e planejamento.
Ferramentas e métodos que uso até hoje
A experiência adquirida coordenando campanhas para marcas como Fini, Havan e Circuito Sertanejo me ajudou a criar um repertório de ferramentas e métodos que hoje fazem parte da minha prática diária — e que recomendo para qualquer profissional de planejamento ou gestão de campanhas.
1. Dashboard personalizado com foco em KPI de verdade
Não basta ter dados — é preciso visualizá-los da maneira certa. Uma das primeiras coisas que padronizei com os times foi a criação de dashboards personalizados, que priorizam:
Indicadores de performance reais (conversões, ROI, CPL, etc.).
Visualização simples, acessível até para quem não é do time técnico.
Atualização automática diária, com filtros por campanha, canal e fase do funil.
Usamos ferramentas como integradas com fontes como Google Ads, Meta Ads, RD Station e CRM do cliente.
2. Sprint criativo e estratégico semanal
A rotina de sprints foi crucial para manter sincronia entre times e clientes. Funciona assim:
Segunda-feira: alinhamento de metas, ajustes de rota e análise de dados da semana anterior.
Quarta-feira: checkpoint criativo para revisão de entregas.
Sexta-feira: follow-up e validação de ações para a semana seguinte.
Esse método mantém todos na mesma página, ajuda a evitar gargalos e estimula a colaboração contínua, ao invés de apenas entregas pontuais.
3. Playbook interno para campanhas complexas
Criei (junto com o time da Amper.ag) um playbook que reúne boas práticas, checklists e templates para campanhas full service. Esse documento inclui:
Modelos de briefing.
Checklists de cobertura ao vivo.
Guias de aprovação rápida.
Templates para e-mail marketing, criativos de tráfego e relatórios.
O objetivo é diminuir a curva de aprendizado e manter a consistência, mesmo em projetos com muitos colaboradores e prazos apertados.
4. Processos de validação rápida com cliente
Em vez de enviar longos e-mails com artes para aprovação, desenvolvemos um processo ágil usando ferramentas como Notion e Figma, em que o cliente pode:
Visualizar criativos no contexto (mockups reais).
Comentar diretamente nos materiais.
Aprovar com um clique.
Isso reduziu drasticamente o tempo de aprovação e aumentou o envolvimento do cliente no processo criativo.
Essas ferramentas e métodos não substituem o talento e a sensibilidade estratégica — mas amplificam o impacto de boas ideias, organizam a execução e otimizam tempo. E no fim das contas, é isso que garante campanhas mais eficazes e colaborativas.
Como isso molda minha forma de pensar estratégia hoje
Cada campanha que coordenei me ensinou algo novo sobre planejamento, execução e, principalmente, sobre o impacto da comunicação quando ela é feita com propósito e consistência. Com o tempo, percebi que minha forma de pensar estratégia passou a incorporar princípios que vão além do PowerPoint bonito ou da ideia genial — trata-se de alinhar negócios, pessoas e cultura.
1. Estratégia é ponte entre dados e narrativa
Hoje, minha abordagem estratégica começa com dados — mas nunca termina neles. O diferencial está em transformar os dados em narrativas significativas.
Por exemplo:
Ao entender o comportamento de leads da Fini, ajustamos não apenas mídia, mas como a história da marca era contada nas landing pages.
No Circuito Sertanejo, usamos insights de engajamento para ajustar o tom dos stories e até a ordem dos conteúdos ao vivo.
Narrativas bem contadas, baseadas em dados reais, criam conexão e geram ação.
2. Branding e performance não são rivais
Antigamente, era comum pensar que branding era coisa de marca institucional e performance era só para conversão. Hoje, entendo que as campanhas mais potentes que já liderei foram aquelas que comunicavam uma identidade forte enquanto entregavam resultado tangível.
A campanha da Havan é o maior exemplo disso: temática medieval, storytelling lúdico e, ao mesmo tempo, metas claras e superadas.
Conclusão? Criatividade e performance são mais poderosas quando caminham juntas, não separadas.
3. O fator humano continua insubstituível
Mesmo com dashboards incríveis, automações e IA, sigo acreditando que o maior diferencial em qualquer campanha é o olhar humano:
A sensibilidade de perceber o tom certo para falar com um público.
A empatia para entender o momento do cliente.
A escuta ativa para ajustar a rota quando algo não vai bem.
Em todos os projetos, o que mais me marcou não foi só o resultado, mas a conexão com as pessoas envolvidas — sejam elas clientes, colegas de equipe ou o público impactado.
Minha visão estratégica hoje é menos sobre fórmulas e mais sobre orquestração inteligente de dados, criatividade e pessoas. E essa forma de pensar continua evoluindo com cada novo desafio.
Tendências que estou acompanhando
O mundo do marketing e da comunicação estratégica é dinâmico. O que funcionava há dois anos, hoje pode ser ineficaz — e o que parece inovação agora, amanhã pode virar padrão. Estar atento às tendências é mais que uma obrigação; é sobre antecipar movimentos e preparar campanhas que resistam ao tempo e evoluam junto com o comportamento do consumidor.
Aqui estão as principais tendências que venho observando e aplicando:
1. O poder dos dados próprios (first-party data)
Com o fim dos cookies de terceiros e o aumento da conscientização sobre privacidade digital, dados próprios viraram ativos valiosíssimos. As marcas que criam seus próprios ecossistemas de dados — seja via cadastro em landing pages, aplicativos ou plataformas próprias — estão ganhando vantagem competitiva.
O que estou aplicando:
Estratégias de nutrição de leads via conteúdo (como fizemos com a Fini).
Segmentações com base em comportamento real, e não apenas demografia.
2. Marcas como produtoras de conteúdo
A ideia de que toda marca precisa ser um veículo de mídia ganhou tração. E não estamos falando de postar mais — mas de criar conteúdo com propósito, estética e constância editorial. As campanhas mais eficazes são aquelas que educam, entretêm e inspiram, como se fossem mini-hubs de conteúdo.
Exemplo real: no Circuito Sertanejo, tratamos o evento como uma “mini redação de entretenimento”, com produção de stories, reels e posts com roteiro e linha editorial próprios.
3. Social selling e jornada híbrida de compra
Cada vez mais, a jornada de compra passa pelas redes sociais. Não só como vitrine, mas como ponto de descoberta, prova social e decisão de compra. Seja no Instagram, TikTok ou WhatsApp, o consumidor quer se relacionar antes de comprar.
Como estou atuando:
Criação de roteiros de conteúdo voltado para venda (sem parecer um anúncio).
Estratégias de remarketing com base em interações e micro conversões.
4. Automação emocional: o equilíbrio entre IA e empatia
Ferramentas de automação estão se tornando mais sofisticadas — mas isso não significa que o toque humano perdeu valor. A tendência é usar IA para automatizar o operacional e ganhar tempo para pensar em como humanizar a experiência.
Exemplo prático: uso IA para gerar variações de copy e teste A/B, mas a curadoria final sempre passa pelo olhar de alguém que conhece a marca e o público.
5. Microcampanhas ágeis
Em vez de grandes campanhas de longa duração, o mercado está cada vez mais aderindo a microcampanhas rápidas, centradas em oportunidades sazonais, memes, tendências ou picos de interesse do público.
Aplicação recente: criamos microações de 3 a 5 dias para testar linguagem, conceito e mídia com investimento reduzido — e, se funcionarem, escalamos rapidamente.
Acompanhar tendências não é sobre copiar modismos — é sobre entender o comportamento das pessoas e adaptar estratégias de maneira relevante, ética e criativa.
Conselhos para quem está começando na área de planejamento
Entrar no mundo do planejamento pode parecer desafiador. Entre frameworks, prazos apertados e apresentações para grandes marcas, é fácil se sentir perdido no início. Mas a verdade é que ninguém nasce pronto — e o mais importante é saber observar, escutar, testar e evoluir com cada projeto.
Aqui vão alguns conselhos que eu gostaria de ter recebido quando comecei:
1. Nem sempre você vai ter todas as respostas — e tá tudo bem
Muitos iniciantes acham que precisam saber tudo sobre a marca, o mercado, o público e a concorrência antes de sugerir algo. A verdade é: você vai descobrindo no processo.
Dica: Comece com boas perguntas. A qualidade da pergunta muitas vezes vale mais do que uma resposta pronta.
2. Planejamento não é só estratégia — é execução também
Por mais que a gente adore montar decks com raciocínios brilhantes, o planejamento só é útil se for executável e relevante para quem vai operar a campanha.
Dica prática: Antes de fechar uma recomendação, converse com quem vai colocar a mão na massa. Valide se aquilo é viável em tempo, orçamento e linguagem.
3. Não subestime o conhecimento do seu cliente sobre o próprio negócio
É comum, especialmente entre planejadores mais analíticos, cairmos na armadilha de acreditar que os dados dizem tudo. A gente chega com números, pesquisas, benchmarks — e às vezes entra no modo “confronto” com o cliente, como se ele estivesse desatualizado ou resistindo ao novo. Mas a verdade é que existe um tipo de dado que não está nos relatórios, dashboards ou planilhas: a experiência vivida.
Seu cliente pode não saber traduzir tudo em métricas, mas ele conhece nuances do negócio que nenhuma inteligência artificial capta. Ele sente a oscilação do fluxo de caixa quando muda o clima, percebe variações no humor do consumidor com base em atendimento direto, sabe de histórias de bastidor que moldaram o posicionamento da marca — e tudo isso é ouro estratégico invisível.
Às vezes, o diferencial real do negócio não está em uma vantagem competitiva clássica, mas em um “macete” operacional, uma cultura interna não declarada, ou até um hábito dos clientes que só alguém de dentro percebe. São essas informações invisíveis que podem conter o segredo que nenhum concorrente jamais será capaz de copiar.
Dica prática: em vez de tentar provar que seu plano é melhor, comece perguntando o que os dados não estão te dizendo. Crie espaço para ouvir intuições, casos reais e percepções subjetivas. Muitas vezes, é ali que mora a virada de chave.
4. Tenha repertório de referência — e não só publicitária
O bom planejamento se alimenta de cinema, música, jornalismo, psicologia, ciência de dados, cultura pop e comportamento humano. Tudo pode ser insight.
Sugestão de rotina:
Siga portais como Meio & Mensagem, TrendWatching e The Drum.
Leia livros de storytelling e análise de comportamento (como “Feitos para Durar” e “A Lógica do Consumo”).
Assista campanhas premiadas e reflita sobre o “porquê” delas funcionarem.
5. Erros são inevitáveis — aprenda rápido e compartilhe
Você vai errar em um cronograma, subestimar um insight ou esquecer uma etapa importante. O que diferencia os bons profissionais não é a ausência de erro, mas a capacidade de aprender com eles e não repetir.
Dica de ouro: monte um “diário de aprendizados” com anotações curtas de cada projeto — o que funcionou, o que não funcionou e o que faria diferente. Isso vira uma biblioteca pessoal poderosa.
Se você está começando, lembre-se: planejamento não é uma ciência exata, mas uma arte com método. Confie no seu olhar, seja curioso e nunca pare de fazer perguntas.
Visão de futuro
Coordenar campanhas para marcas como Fini Franquias, Havan e o Circuito Sertanejo foi mais do que uma jornada profissional — foi um processo de transformação pessoal e estratégica. Cada projeto me mostrou, com suas particularidades, que comunicar bem é muito mais do que vender um produto: é criar experiências, resolver problemas e gerar valor de verdade para as pessoas e para os negócios.
À medida que o mercado evolui, percebo uma convergência crescente entre tecnologia, criatividade e empatia. As campanhas do futuro, acredito, serão:
Mais centradas nas pessoas, com personalização real, não genérica.
Mais orientadas por dados, sem perder o fator humano.
Mais integradas, com conteúdo e performance coexistindo em harmonia.
Vejo um futuro onde as marcas serão plataformas de valor e significado, não apenas canais de vendas. E como planejadores, nosso papel será o de tradutores dessa complexidade, conectando estratégias a realidades, e ideias a resultados.
Se você trabalha ou deseja trabalhar com campanhas e planejamento, lembre-se: só existe uma campanha perfeita — a próxima, que ainda será criada.
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